Capítulo 2 - O recrutamento

Yin se distanciou de seu mestre, indo em direção ao salão de duelos e pensou no que poderia acontecer lá? Será que era o que ela imaginava? Uma briga, para divertir o diretor. Ela não fazia ideia se isso realmente ocorreria, mas sabia que era muito provável rolar alguma briga...
Depois de um longo percurso pelos corredores do castelo, a garota chegou em frente a porta do salão e de lá já podia ver seu irmão, olhando uma planta, levantar a blusa.
_Ai, porque será que a qualidade deste lugar cai todo ano? – perguntou Yin para si mesma – Ainda, não compreendo como este lugar pode ser o melhor de Zellunir...
Ela foi em direção ao irmão e disse:
_Meu santo Deus? Será que aquela criatura meio bode, nunca vai usar calças? – resmungou a garota – Que eu saiba escola é um lugar de respeito e de higiene...
_Não sei do que você tá reclamando, é tudo tão lindo, eu me sentiria honrado em ser meio bode – retorquiu Yang, olhando fixamente nos olhos da irmã.
_Mas bem, o que aconteceu aqui?
_Então, o diretor teve a ideia brilhante de criar um clã – respondeu o garoto.
_Clã? Como assim? Poderia me explicar de uma forma mais convincente? – perguntou a garota, colocando sua mão no ombro do irmão.
_Sim, um clã...o clã do Arl que tem como missão libertar Zellunir dos pivetes da rua – respondeu o garoto.
_É eu nem vou falar nada, mais o que é exatamente, que ele quer?
_Ele quer que a gente, participe do CDA prá libertar Zellunir com muita pancadaria – respondeu ele, quando a irmã deixou cair a mochila no chão boquiaberta...
Imediatamente ela se virou e foi embora, tentando chegar até o portão:
_Onde você vai? – perguntou Yang.
_Vou embora, não estou afim de ver babuínos, bobocas, balbuciando em bando...
_Ah, qual é? Você tem que ver pelo menos o resto, já que não vai participar – disse o garoto, dando um tapinha nas costas de Yin.
_OK, você conseguiu me convencer, parabéns – disse a garota se virando, para olhar o rosto de Arl -Só não entendo uma coisa...
_O que?
_Porque aquela garota é tão meiga, mas ao mesmo tempo, tão misteriosa? – perguntou Yin, coçando a cabeça, ao mesmo, tempo que encarava a garota.
_E qual é o problema de ser meiga e misteriosa? – perguntou Yang, imaginando Bruninha distribuindo corações rosa para um grupo de mistérios que tem como mascote um cachorro.
_Nada, nada... – disse Yin, curiosa – Deixa quieto.
Yin sabia que não seria fácil convencer o irmão, a ter alguma afirmativa ou hipótese sobre a garota que se dizia chamar Bruninha. Para ela Bruninha era uma garota que usava algum tipo de máscara, sendo incapaz de tirara. Enquanto para Yang, Bruninha era o tipo de garota que fazia com que até mesmo os mais resistentes homens, caíssem em tentação por ela.
Mas antes que pudesse capacitar novas ideias sobre Bruninha, ela viu um jovem garoto cair rapidamente no chão, enquanto era bullinado por uma garota de cabelos azuis. Yang imediatamente começou rir do garoto, gritando a palavra briga, em alto e bom tom. Enquanto Yin corria ao encontro dele, para poder ajuda-lo.
_Você está bem? – disse ela, com uma cara de preocupação.
_Porque você fez isso com ele? – perguntou ela encarando a garota de cabelos azuis, enquanto podia ouvir no fundo, seu irmão á gargalhadas – Acho que é você que está querendo apanhar, como pode fazer isso com ele?
A garota teria desviado o olhar da azulada, e viu Bruninha agir, de uma forma mais meiga e fofa ainda. Quando veio a cabeça que a garota só podia ter um parafuso solto no cérebro, prá ser meiga e ao mesmo tempo estranha, mas ai se lembrou, que tudo para ela tinha um parafuso solto.
Yang estava quase tendo um infarto de tanto dar risadas, quando Yin chegou e tudo que ele pode sentir é um livro sendo tacado na sua cabeça...
_Nunca ria daquilo que um dia poderá acontecer contigo – disse Yin, encarando Yang, que agora massageava seu rosto avermelhado pela batida.
_Ei, doeu sabia?
_Sabia, e você quer saber como se doe mais ainda? – disse ela puxando o irmão pelos braços - Eu já tô me cansando de ter que te por na linha...
_Não, não mesmo – respondeu ele, frustrado, com uma cara insana.
Yang virou de costas para Yin, a garota estava já observando as pessoas que iriam participar do clã, quando sentiu um empurrão, que a levou cair sobre os pés de Arl, ela se levantou, olhou para trás, quando viu o irmão chegar e colocar a mão em seu ombro e dizer:
_Nós estramos dentro.
Os nervos de Yin, subiu até o subconsciente, sentiu vontade de mandar o garoto para Marte, sentia a raiva pulsando em seu sangue, os nervos já estavam sobre a pele. Quando viu Arl a levando para ficar ao lado dos membros do clã, enquanto Yang dava um sorriso, enquanto caminhava até ela.
_Está querendo arrepender-se de ter nascido? – perguntou Yin, puxando o garoto pela blusa.
_Ora, é uma causa justa, nós vamos limpar a cidade desse mal que a rodeia...
_Com o que? Violência? – resmungou Yin - Por favor, você quer evoluir essa sua cabeça, quando você vai entender, que violência só gera mais violência, estamos apenas criando o próprio laço para a forca.
_Nossa calma.
_Para a sua informação, eu estou calma, Yang Scott Desirée Huttenlocher Elric –resmungou ela - Eu só não entendo, porque você fez isso comigo?
_Ora, vai ser divertido... – disse Yang.
_Porque será que enquanto mais eu ando, mais eu me arrependo de ter continuado?
_Bom o que tá feito, tá feito – disse Yang, enquanto olhava o rosto da irmã.
_Ai, eu tô perdendo a cabeça, eu tenho que ficar calma – disse Yin, largando-o – É talvez seja divertido, quem sabe né?
No mesmo instante ela sentou no chão e começou a meditar, de tal forma que se esquece de tudo, clareando a sua mente. Enquanto Yang, dava autógrafos para as garotas que o chamava de corajoso, por entrar no clã.
_Convencido – disse ela, dando uma espiadinha.

Yulia continuava a fitar a nuca do rapaz, ela podia ver ele virar o rosto devagar para se ver se a garota continuava a olha-lo, quando suas suspeitas se confirmavam ele virava bruscamente a cabeça pra frente, totalmente tenso. Yulia continuou a quase perfurar a nuca do rapaz com os olhos, até que então Syndra começara a falar e logo depois Arl deu continuação. Ela ouviu tudo com bastante atenção.

- Êeeeh, um novo clã ? Isso me parece ser emocionante. - Ela se entusiasmou com a ideia, ela precisava mesmo de alguma coisa pra substituir a vida pacata que tinha. Ao olhar pros lados ela viu algumas pessoas saindo, ergueu a sobrancelha e empinou o nariz, e ficou ali com cara de arrogante. - Tão com medo de brigar, é ? Nesse caso é melhor ir ver seu Teletubbies mesmo. Covardes. - Ela ainda estava sentada quando viu o fauno e o draconiano se voluntariarem, por terem sido os primeiros a tomarem a iniciativa ela deu um sorriso incentivador, ao olhar o draconiano então ela deu um sorriso ainda maior, o gatinho que viera anunciar a reunião já não parecia mais tão importante. As pessoas continuaram a se voluntariar até chegar a dríade e o boneco. Quando este começou a falar a morena se sobressaltou, mas após o susto ter passado ela deu uma risada da própria reação mas logo em seguida ela substituiu a risada por um olhar que mesclava indignação e surpresa e sua face ficara ruborizada ao perceber que a dríade tinha sérias intenções de ficar nua ali mesmo.

Os acontecimentos iam e vinham, ela já cansada de observar os corajosos e projetar piadinhas infantis para aqueles que saíam do sala decidiu, enfim, tomar posição.
Levantou da cadeira, colocou os cabelos nas costas em cima dos ombros, e caminhou majestosamente até Arl.

- Tenho certeza que não irei decepcioná-lo. - Disse em um tom arrogante, mesmo que sem querer, e logo após curvou ligeiramente a cabeça. E foi até onde Arl havia indicado.
Já lá ela tratava de puxar conversa com algumas garotas á respeito da CDA quando ouviu barulho de pancadaria, ao olhar pro lado ela viu Oliver batendo no novato, ela balançava a cabeça negativamente, demonstrando sua reprovação ao ato violento da anã, porém sua cara era de quem se esforçava bastante pra não cagar de rir ali mesmo.
Após o draconiano gatinho ter o socorrido e algumas pessoas terem ido até lá verificar se estava tudo bem ela decidiu fazer o mesmo.

- Eaí, bem, não deu pra não notar que você é novo por aqui. - Disse se referindo á tentativa de arrumar o cabelo da anã. - Pelo visto teve que aprender como as coisas são aqui na marra hein. Á propósito, meu nome é Yulia Ströhan. - A menina disse abrindo um sorriso que ia de orelha a orelha e dando uma piscadela carismática.

Yano' escreveu:... andou até mais próximo de Arl, olhou para o velho e respondeu num tom alto e claro de voz:
-Vou me juntar ao grupo!

- Seja bem vinda, Ravness. Suas asas são cada vez mais lindas. - Comentou o professor, com carinho.

Sanmy escreveu:– Ei velho! Agiliza aí as paradas! Que essa planta desmiolada tá doida para ficar pelada lá no jardim. Se essa vaca não fizer a fotossíntese, ela pode ficar muito agressiva. Fica meio carnívora se é que me entende. Pode acabar comendo aquela gata falante ali.

- Pablo, temo que não posso agilizar nada. Depende dos voluntários, darei bastante tempo para que pensem. - Disse o velho.
- Mas há algo que posso fazer... - Complementou.
Estalou os dedos na direção de Syndra, e a mesma aproximou-se do velho homem.

O barbudo sussurrou aos ouvidos da mulher. Logo, ela havia ido até onde ficavam as janelas, e abriu-as permitindo que a luz do sol banhasse o local, satisfazendo a vontade natural de Ivy.
Não era necessário aquele clima bizarro, no fim das contas...

Cedrico escreveu:Yang virou de costas para Yin, a garota estava já observando as pessoas que iriam participar do clã, quando sentiu um empurrão, que a levou cair sobre os pés de Arl, ela se levantou, olhou para trás, quando viu o irmão chegar e colocar a mão em seu ombro e dizer:
_Nós estamos dentro.

O homem sorriu, ao ver a atitude de Yang. Forçar a irmã a participar, para que aproveitem seu dom especial. Genial.
- Venham, acomodem-se com os outros! - Disse fazendo o mesmo gesto de sempre.

Reila Akyaima escreveu:Os acontecimentos iam e vinham, ela já cansada de observar os corajosos e projetar piadinhas infantis para aqueles que saíam do sala decidiu, enfim, tomar posição.
Levantou da cadeira, colocou os cabelos nas costas em cima dos ombros, e caminhou majestosamente até Arl.

- Tenho certeza que não irei decepcioná-lo. - Disse em um tom arrogante, mesmo que sem querer, e logo após curvou ligeiramente a cabeça. E foi até onde Arl havia indicado.

Arl não falou nada, apenas indicou o caminho como havia feito com todos os outros.
Foi quando rolou uma espécie de briga entre os voluntários.

Syndra cubriu o rosto com ambas as mãos, num ato de reprovação ao que havia acontecido.
Arl sorriu.

"Ah, a boa e velha Oliver."

- Ei, ei, professor! - Disse um garoto de cabelos curtos, e negros como a noite. Seus olhos, prateados como a lua.

Ele percebeu que a garota que o seguia desde o pátio havia se alistado. Será talvez que ela havia perdido o interesse por ele? Ou será que ela apenas o considerava um covarde? O jovem não pretendia se alistar, mas ao perceber que a menina que tanto o observava no caminho, e nas aulas de alquimia, havia se alistado ele pensou...
"Por que não? Talvez eu tenha uma chance com ela... Mas, só se me alistar. Ah, não tenho nada a perder, vou cair dentro então." - Pensava o rapaz.

Deu alguns passos a frente, e assim como todos aceitou a tarefa.
- Olá. Me chamo Eangundor! Será um prazer aceitar tal nobre convite. - Disse, bastante imponente, tentando impressionar a jovem que talvez o achasse bonito.

- Muito bem então. - Respondeu Arl, indicando o caminho como sempre.

Algum tempo se passou e Arl resolveu continuar.
Aqueles que se candidataram estavam por ali, um tanto espalhados mas ainda haviam muitos curiosos ali no salão.
- Vejo que vários de vocês foram bravos por aceitar qualquer tarefa. - Disse Arl seriamente.
O humor do homem tinha mudado daquele extrovertido de sempre para um sério frio e calculista. Ele sentou-se na cadeira de professor da sala de duelos.
O salão era bem simples. Amplo e assim como o refeitório, com muitas decorações. Haviam marcações no chão para "determinar" a área onde os alunos teriam de duelar, durante as aulas. E, de um lado havia equipamentos para alongamento, e aquecimento. Do outro, haviam as coisas do professor. Livros variados, com estilos de luta, estilos de magia, uma escrivaninha um tanto longa com diversas anotações e arquivos sobre cada aluno. Algumas cadeiras para os cansados normalmente ficavam ali, mas nesse momento em especial haviam apenas duas. Uma para ele, e uma para Syndra.

Apoiando os cotovelos sobre os braços da cadeira, e juntando suas mãos, entrelaçando os dedos, como se rezasse encarou cada um daqueles que havia se voluntariado. Olho no Olho.

- Como vocês devem saber... Fazer parte de um Clã não será tão simples. - Disse Syndra.
- Vocês deverão estar sempre preparados para tudo aquilo que poderá acontecer. E quando eu digo tudo... É tudo mesmo. - Complementou, fechando os olhos e abaixando sua cabeça.
- E quando ele diz que devem estar preparados, isso não é a partir de agora. Mas isso deve ser algo que vem de dentro de vocês. Muitos não serão aptos para improvisar, ou não estarão prontos para o que vem a seguir. - Comentou syndra, ajeitando sua franja.

Um silencio meio que brotou ali, naquele momento. Tudo parecia muito tenso.
Foi quando Arl quebrou o silêncio com um suspiro. O homem fitou um grupo de alunos que ainda estava ali, mas sabia que nada faria com que eles se candidatassem. Eram apenas curiosos, aproveitando aquilo tudo para matar aula.

- Hmph. Os curiosos ali que não se voluntariaram... - Disse devagar.
- Eu gostaria que se retirassem. - Disse de uma maneira diferente. Sua voz parecia mais suave, como uma cantiga de ninar. Soava como várias vozes cantando juntas, aquela frase que o professor citava tão claramente.

Sim. Era um mésmer. Para os leigos, um mésmer é uma espécie de magia utilizada em suas cordas vocais. Ela faz com que todos aqueles que ouvirem suas camadas mágicas de voz sintam-se confortáveis, como bebês ninados por suas mães. Funciona como uma espécie de hipnotismo. No caso de uma mãe ninando, ela pede para o bebê para que ele durma. No caso do mésmer, um bom mago pode pedir para que faça qualquer coisa.
Estes, confusos com tal voz mágica, ficaram ali parados por um tempo. Depois de alguns segundos, a voz se repetia na cabeça de cada um e apesar de alguns terem Inteligência e Vontade muito boas para resistir ao poder de um mésmer, nada se comparava com os poderes de Arl. Gradativamente, eles foram se retirando um por um da sala, e lá fora, já não lembravam por que tinham saído.

- Bom, agora que eles se foram... Acho que podemos começ---
- SILÊNCIO. - Pediu o homem, interrompendo sua vice-diretora.

"Oxe! Maldito velho, ele adora me interromper." - Pensava Syndra emburrada.

- Vocês são todos muito bravos. Inicialmente eu gostaria de agradecê-los por terem aceitado tal empreitada. Mas como minha vice-diretora intrometida disse antes, vocês precisam estar prontos para tudo o que vier. Devem ser capazes de prever cada coisa que pode vir a acontecer. E eu acredito que aqueles capazes de fazer isso serão aprovados no teste que farão agora. - Disse lentamente para que todos pudessem entender.

O homem fez um suspense.
O silencio era ensurdecedor.
Pensamentos conflitantes rodeavam a cabeça de todos os jovens candidatos ali presentes. O que viria a seguir?

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Curiosos... - Arl.
"Interrompida denovo..." - Syndra.
"Preciso ser elegante." - Eangundor (NPC Genérico).

Informações extras:

Este é o fim do capítulo 2. Jajá, iniciarei o Cap. 3, todos os PP's relacionados as postagens atuais já foram distribuidos.
A partir daqui, este tópico será trancado.